Outubro Rosa o Bonito é cuidar de você!!!!
Aproveito o mês de Outubro para falar de um assunto que nos assusta, mas que é muito importante a prevenção. E, sabendo que um dos fatores de proteção é o Aleitamento Materno Exclusivo. No final da postagem estão os links para quem quiser se aprofundar no assunto.
Diana
O câncer de mama é o mais incidente na população feminina mundial e brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma.
Políticas públicas nessa área vêm sendo desenvolvidas no Brasil desde meados dos anos 80 e foram impulsionadas pelo Programa Viva Mulher, em 1998.
O controle do câncer de mama foi reafirmado como prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, lançado pela presidente da República, em 2011.
Os principais fatores de risco para o câncer de mama estão ligados a idade, aspectos endócrinos e genéticos.
Idade: a incidência aumenta durante a vida da mulher, com pico na idade de 75-80 anos; mulheres com história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos) têm um risco 20% maior comparado ao de mulheres que tiveram a menarca acima dos 14 anos de idade; menopausa tardia (após os 50 anos); primeira gravidez após os 30 anos; nuliparidade e terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos.
É muito raro em todos os grupos (mulheres brancas, hispânicas e afro-americanas) antes dos 25 anos de idade
Fatores de Risco
Os aspectos endócrinos: estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for o tempo de exposição.
Outros fatores: incluem a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 40 anos, a ingestão regular de bebida alcoólica, mesmo que em quantidade moderada (30g/dia), obesidade, principalmente quando o aumento de peso se dá após a menopausa e, sedentarismo.
História familiar: principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, é importante fator de risco para o câncer de mama e pode indicar predisposição genética associada à presença de mutações em determinados genes. Entretanto, o câncer de mama de caráter hereditário (predisposição genética) corresponde a cerca de 5-10% do total de casos.
Prevenção
A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco reconhecidos.
Os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são, em princípio, passíveis de mudança, porém fatores relacionados ao estilo de vida, como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal, são modificáveis.
Fatores Protetores
A prática de atividade física e o aleitamento materno exclusivo são considerados fatores protetores.
Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.
Detecção precoce
O câncer de mama identificado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro, apresenta prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura.
As estratégias para a detecção precoce são: o diagnóstico precoce - abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas da doença - e o rastreamento - aplicação de teste ou exame numa população assintomática, aparentemente saudável, com o objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhar as mulheres com resultados alterados para investigação e tratamento.
Na década de 50, nos Estados Unidos, o autoexame das mamas surgiu como estratégia para diminuir o diagnóstico de tumores de mama em fase avançada.
Ao final da década de 90, ensaios clínicos mostraram que o autoexame das mamas não reduzia a mortalidade pelo câncer de mama.
A partir de então, diversos países passaram a adotar a estratégia de breast awareness, que significa estar alerta para a saúde das mamas.
Autopalpação
A orientação é que a mulher realize a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem nenhuma recomendação de técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
É necessário que a mulher seja estimulada a procurar esclarecimento médico sempre que houver dúvida em relação aos achados da autopalpação das mamas e a participar das ações de detecção precoce do câncer de mama.
Autoexame x Autopalpação
A autopalpação se mostrou ser mais efetiva do que o autoexame das mamas, isto é, a maior parte das mulheres com câncer de mama identificou o câncer por meio da palpação ocasional em comparação com o autoexame (aproximadamente 65% das mulheres identificam o câncer de mama ao acaso e 35% por meio do autoexame).
Apesar de muito recomendado em campanhas de conscientização, o autoexame não é considerado tão eficaz quanto a mamografia.
Recomendações
Ao invés de fazer um autoexame mensal, procure sentir os seios de vez em quando, no banho ou pouco antes de dormir.
Passar por uma mamografia anual a partir dos 40 anos permanece uma recomendação forte entre especialistas da área. Para mulheres com menos de 50 anos, Levy recomenda a mamografia digital, capaz de analisar melhor seios densos.
O que é mamografia?
A mamografia é um exame de raio-X, realizada por um equipamento chamado mamógrafo, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Esta compressão das mamas facilita a visualizar pequenas alterações, o que permite descobrir o câncer de mama em fase inicial.
Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame.
Mamografia é a forma principal de detecção do câncer de mama, de acordo com 73% dos médicos.
Sintomas do Câncer de Mama
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante a casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta.
O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
Existe também um tipo raro de câncer de mama, chamado doença de Paget.
Tratamento do Câncer de Mama
Câncer de mama é bastante tratável se detectado precocemente.
Apesar de ser o tipo mais comum entre as mulheres, o câncer de mama é responsável por menos mortes do que o de pulmão – as chances de uma mulher morrer por causa deste é de 1 em 20, contra 1 em 36 do câncer de mama.
Isso se deve, em parte, porque o câncer de mama tende a ser detectado (em especial por meio de mamografia) em estágios mais iniciais e mais fáceis de tratar, diferentemente de câncer de pulmão ou de ovário, por exemplo.
O temor em relação à doença se deve, assim, mais à exposição midiática do que ao risco de morte que ela causa.
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.
Estar acima do peso aumenta suas chances de ter câncer de mama em mais de 40%.
De acordo com estudo citado pela Health, mulheres que ganharam de 9 a 13 kg após os 18 anos têm maior risco de desenvolver câncer de mama após a menopausa. Entre os médicos que participaram da enquete da revista, 78% recomendaram que os pacientes percam peso como forma de diminuir os riscos de se desenvolver a doença.
Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar microcalcificações agrupadas (in Situ), nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.
USG das Mamas
Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.
O Seu Dia Rosa
Um dia por ano. Apenas um diazinho para você pensar no seu bem-estar, na sua saúde, em melhorar a sua qualidade de vida. A partir de hoje, todas as mulheres estão convidadas escolher um dia por ano para olhar para si mesmas.
Referências